EGUM
EGUM
O termo Egun ou Egum é uma palavra da língua yoruba usada no Candomblé que significa alma ou espírito de qualquer pessoa falecida iniciada ou não.
Diferente da palavra Egungun que são considerados espíritos de homens importantes iniciados nas Religiões tradicionais africanas, no Culto aos Egungun e no Candomblé que são cultuados após a morte chamados de Baba (pai) Egum (espírito).
O termo Egum é muito abrangente, pode ser desde um espírito considerado de luz, de um parente, como um espírito desorientado obsessor que precisa ser afastado.
Ver tambOs mortos do sexo feminino recebem o nome de Ìyámi Agbá (minha mãe anciã), mas não são cultuados individualmente. Sua energia como ancestral é aglutinada de forma coletiva e representada por Ìyámi Oxorongá chamada também de Ìyá NIa, a grande mãe. Esta imensa massa energética que representa o poder da ancestralidade coletiva feminina é cultuada pelas "Sociedades Gëlèdé", compostas exclusivamente por mulheres, e somente elas detêm e manipulam este perigoso poder. O medo da ira de Ìyámi nas comunidades é tão grande que, nos festivais anuais na Nigéria em louvor ao poder feminino ancestral, os homens se vestem de mulher e usam máscaras com características femininas, dançam para acalmar a ira e manter, entre outras coisas, a harmonia entre o poder masculino e o feminino (veja o mito sobre Ìyámi).
Além da Sociedade Gëlèdé, existe também na Nigéria a Sociedade Oro. Este é o nome dado ao culto coletivo dos mortos masculinos quando não individualizados. Oro é uma divindade tal qual Ìyámi Oxorongá, sendo considerado o representante geral dos antepassados masculinos e cultuado somente por homens. Tanto Ìyámi quanto Oro são manifestações de culto aos mortos. São invisíveis e representam a coletividade, mas o poder de Ìyámi é maior e, portanto, mais controlado, inclusive, pela Sociedade Oro.
Outra forma, e mais importante, é culto aos ancestrais masculinos é elaborada pelas "Sociedades Egungun". Estas têm como finalidade elaborar ritos a homens que foram figuras destacadas em suas sociedades ou comunidades quando vivos, para que eles continuem presentes entre seus descendentes de forma privilegiada, mantendo na morte a sua individualidade. Esses mortos surgem de forma visível mas camuflada, a verdadeira resposta religiosa da vida pós-morte , denominada Egun ou Egungun. Somente os mortos do sexo masculino fazem aparições, pois só os homens possuem ou mantêm a individualidade ; às mulheres é negado este privilégio, assim como o de participar diretamente do culto.(veja os mitos de Oyá).
Esses Eguns são cultuados de forma adequada e específica por sua sociedade, em locais e templos com sacerdotes diferentes dos do culto dos Orixás. Embora todos os sistemas de sociedade que conhecemos sejam diferentes, o conjunto forma uma só religião: a iorubana.
No Brasil existem duas dessas sociedades de Egungun , cujo tronco comum remonta ao tempo da escravatura : Ilê Agboulá, a mais antiga, em Ponta de Areia, e uma mais recente e ramificação da primeira, o Ilê Oyá, ambas em Itaparica, Bahia (veja o anexo: Histórico).
EGUNGUN
O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele "nasce" através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixan, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a "morte se torne vida", e o Egungun ancestral individualizado está de novo "vivo".
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria (veja os mitos de Oyá).
As tradições religiosas dizem que sob a roupa está somente a energia do ancestral; outras correntes já afirmam estar sob os panos algum mariwo (iniciado no culto de Egun) sob transe mediúnico. Mas, contradizendo a lei do culto, os mariwo não podem cair em transe, de qualquer tipo que seja. Pelo sim ou pelo não, Egun está entre os vivos, e não se pode negar sua presença, energética ou mediúnica, pois as roupas ali estão e isto é Egun.
A roupa do Egun — chamada de eku na Nigéria ou opá na Bahia , ou o Egungun propriamente dito, é altamente sacra ou sacrossanta e, por dogma, nenhum humano pode tocá-la. Todos os mariwo usam o ixan para controlar a "morte", ali representada pelos Eguns. Eles e a assistência não devem tocar-se, pois, como é dito nas falas populares dessas comunidades, a pessoa que for tocada por Egun se tornará um assombrado", e o perigo a rondará. Ela então deverá passar por vários ritos de purificação para afastar os perigos de doença ou, talvez, a própria morte.
Ora, o Egun é a materialização da morte sob as tiras de pano, e o contato, ainda que um simples esbarrão nessas tiras, é prejudicial. E mesmo os mais qualificados sacerdotes — como os Ojé atokun, que invocam, guiam e zelam por um ou mais Eguns — desempenham todas essas atribuições substituindo as mãos pelo ixan.
Os Egun-Agbá (ancião), também chamados de Babá-Egun (pai), são Eguns que já tiveram os seus ritos completos e permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas e suas vozes sejam liberadas para que eles possam conversar com os vivos. Os Apaaraká são Eguns ,ainda mudos e suas roupas são as mais simples: não têm tiras e parecem um quadro de pano com duas telas, uma na frente e outra atrás. Esses Eguns ainda estão em processo de elaboração para alcançar o status de Babá; são traquinos e imprevisíveis, assustam e causam terror ao povo.
O eku dos Babá são divididos em três partes: o abalá, que é uma armação quadrada ou redonda, como se fosse um chapéu que cobre totalmente a extremidade superior do Babá, e da qual caem várias tiras de pano coloridas, formando uma espécie de largas franjas ao seu redor; o kafô, uma túnica de mangas que acabam em luvas, e pernas que acabam igualmente em sapatos, do qual ,também caem muitas tiras de pano da altura do tórax ; e o banté, que é uma larga tira de pano especial presa ao kafô e individualmente decorada e que identifica o Babá.
O banté, que foi previamente preparado e impregnado de axé (força, poder, energia transmissível e acumulável), é usado pelo Babá quando está falando e abençoando os fiéis. Ele o sacode na direção da pessoa e esta faz gestos com as mãos que simulam o ato de pegar algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao contrário do toque na roupa, este ato é altamente benéfico. Na Nigéria, os Agbá-Egun portam o mesmo tipo de roupa, mas com alguns apetrechos adicionais: uns usam sobre o alabá máscaras esculpidas em madeira chamadas de erê egungun ; outros, entre os alabá e o kafó, usam peles de animais; alguns Babá carregam na mão o opá iku e, às vezes, o ixan. Nestes casos, a ira dos Babás é representada por esses instrumentos litúrgicos.
Existem várias qualificações de Egun, como Babá e Apaaraká, conforme seus ritos, e entre os Agbá, conforme suas roupas, paramentos e maneira de se comportarem. As classificações, em verdade, são extensas.
O RITO
Nas festas de Egungun, em Itaparica, o salão público não tem janelas, e, logo após os fiéis entrarem, a porta principal é fechada e somente aberta no final da cerimônia, quando o dia já está clareando. Os Eguns entram no salão através de uma porta secundária e exclusiva, único local de união com o mundo externo.
Os ancestrais são invocados e eles rondam os espaços físicos do terreiro. Vários amuixan (iniciados que portam o ixan) funcionam como guardas espalhados pelo terreiro e nos seus limites, para evitar que alguns Babá ou os perigosos Apaaraká que escapem aos olhos atentos dos Ojé saiam do espaço delimitado e invadam as redondezas não protegidas.
Os Eguns são invocados numa outra construção sacra, perto mas separada do grande salão, chamada de ilê awo (casa do segredo), na Bahia, e igbo igbalé (bosque da floresta), na Nigéria. O ilê awo é dividido em uma ante-sala, onde somente os Ojé podem entrar, e o lêsànyin ou balé, onde só os Ojé agbá entram (veja o anexo : Oiê masculinos).
Balé é o local onde estão os idi-egungun, os assentamentos - estes são elementos litúrgicos que, associados, individualizam e identificam o Egun ali cultuado -, e o ojubô-babá, que é um buraco feito diretamente na terra, rodeado por vários ixan, os quais, de pé, delimitam o local.
Nos ojubô são colocadas oferendas de alimentos e sacrifícios de animais para o Egun a ser cultuado ou invocado. No ilê awo também está o assentamento da divindade Oyá na qualidade de Igbalé, ou seja, Oyá Igbalé - a única divindade feminina venerada e cultuada, simultaneamente, pelos adeptos e pelos próprios Eguns (veja mitos de Oyá e Egun).
No balé os Ojé atokun vão invocar o Egun escolhido diretamente no seu assentamento, e é neste local que o awo (segredo) - o poder e o axé de Egun — nasce através do conjunto Ojé-ixan / idi-ojubô. A roupa é preenchida e Egun se torna visível aos olhos humanos.
Após saírem do ilê awo, os Eguns são conduzidos pelos amuixan até a porta secundária do salão, entrando no local onde os fiéis os esperam, causando espanto e admiração, pois eles ali chegaram levados pelas vozes dos Ojé, pelo som dos amuixan, branindo os ixan pelo chão e aos gritos de saudação e repiques dos tambores dos alabê (tocadores e cantadores de Egun). O clima é realmente perfeito.
O SALÃO E A FESTA
O espaço físico do salão é dividido entre sacro e profano. O sacro é a parte onde estão os tambores e seus alabês e várias cadeiras especiais previamente preparadas e escolhidas, nas quais os Eguns, após dançarem e cantarem, descansam por alguns momentos na companhia de outros, sentados ou andando, mas sempre unidos, o maior tempo possível, com sua comunidade. Este é o objetivo principal do culto: unir os vivos com os mortos.
Nesta parte sacra, mulheres não podem entrar nem tocar nas cadeiras, pois o culto é totalmente restrito aos homens. Mas existem raras e privilegiadas mulheres que são exceção, como se fossem a própria Oyá; elas são geralmente iniciadas no culto dos Orixás e possuem simultaneamente oiê (posto e cargo hierárquico) no culto de Egun — estas posições de grande relevância causam inveja à comunidade feminina de fiéis. São estas mulheres que zelam pelo culto, fora dos mistérios, confeccionando as roupas, mantendo a ordem no salão, respondendo a todos os cânticos ou puxando alguns especiais, que somente elas têm o direito de cantar para os Babá. Antes de iniciar os rituais para Egun, elas fazem uma roda para dançar e cantar em louvor aos Orixás; após esta saudação elas permanecem sentadas junto com as outras mulheres. Elas funcionam como elo de ligação entre os atokun e os Eguns ao transmitir suas mensagens aos fiéis. Elas conhecem todos os Babá, seu jeito e suas manias, e sabem como agradá-los (veja o anexo : Oiê femininos).
Este espaço sagrado é o mundo do Egun nos momentos de encontro com seus descendentes. A assistência está separada deste mundo pelos ixan que os amuixan colocam estrategicamente no chão, fazendo assim uma divisão simbólica e ritual dos espaços, separando a "morte" da "vida". É através do ixan que se evita o contato com o Egun: ele respeita totalmente o preceito, é o instrumento que o invoca e o controla. As vezes, os mariwo são obrigados a segurar o Egun com o ixan no seu peito, tal é a volúpia e a tendência natural de ele tentar ir ao encontro dos vivos, sendo preciso, vez ou outra, o próprio atokun ter de intervir rápida e rispidamente, pois é o Ojé que por ele zela e o invoca, pelo qual ele tem grande respeito.
O espaço profano é dividido em dois lados: à esquerda ficam mulheres e crianças e à direita, os homens. Após Babá entrar no salão, ele começa a cantar seus cânticos preferidos, porque cada Egun em vida pertencia a um determinado Orixá. Como diz a religião, toda pessoa tem seu próprio Orixá e esta característica é mantida pelo Egun. Por exemplo: se alguém em vida pertencia a Xangô, quando morto e vindo como Egun, ele terá em suas vestes as características de Xangô, puxando pelas cores vermelha e branca. Portará um oxê (machado de lâmina dupla), que é sua insígnia; pedirá aos alabês que toquem o alujá, que também é o ritmo preferido de Xangô, e dançará ao som dos tambores e das palmas entusiastas e excitantemente marcadas pelos oiê femininos, que também responderão aos cânticos e exigirão a mesma animação das outras pessoas ali presentes.
Babá também dançará e cantará suas próprias músicas, após ter louvado a todos e ser bastante reverenciado. Ele conversará com os fiéis, falará em um possível iorubá arcaico e seu atokun funcionara como tradutor. Babá-Egun começará perguntando pelos seus fiéis mais freqüentes, principalmente pelos oiê femininos; depois, pelos outros e finalmente será apresentado às pessoas que ali chegaram pela primeira vez. Babá estará orientando, abençoando e punindo, se necessário, fazendo o papel de um verdadeiro pai, presente entre seus descendentes para aconselhá-los e protegê-los, mantendo assim a moral e a disciplina comum às suas comunidades, funcionando como verdadeiro mediador dos costumes e das tradições religiosas e laicas.
Finalizando a conversa com os fiéis e já tendo visto seus filhos, Babá-Egun parte, a festa termina e a porta principal é aberta: o dia já amanheceu. Babá partiu, mas continuará protegendo e abençoando os que foram vê-lo.
Esta é uma breve descrição de Egungun, de uma festa e de sua sociedade, não detalhada, mas o suficiente para um primeiro e simples contato com este importante lado da religião. E também para se compreender a morte e a vida através das ancestralidade cultuadas nessas comunidades de Itaparica, como um reflexo da sobrevivência direta, cultural e religiosa dos iorubanos da Nigéria.
Para os YORÙBÁ a morte não era o ponto final da vida, pois êles acreditavam na reencarnação e que reviveriam em um de seus descendentes. Para êles não havia a noção de céu, inferno ou purgatório, conforme a tradição Cristã. A morte estaria contida na própria concepção da vida e ambas não se separam. A vida e a morte alternam-se em ciclos, voltando o morto ao mundo dos vivos, reencarnando num novo membro da própria família. Para êles existe o corpo material ( ARA ), que com a morte decompôe-se reintegrando-se a natureza, e a parte espiritual, formada de várias partes reunidas, com existência própria, que são :- Sopro Vital ( EMI ), Personalidade ( ORI ), Identidade Sobrenatural, que liga a pessoa à natureza ( ÒRÌSÀ PESSOAL ) e Espírito ( ÉGÚN ). As partes necessitam ser integradas para formar a pessoa durante a vida, dispersando-se após a morte. O ÉGÚN vai para o ÒRUN, podendo retornar reencarnando em um de seus descendentes.
Pode-se cultuar pessoas que foram ilustres ou destacadas na comunidade, quando vivas, invocando-as em altares ou assentamentos preparados para o ÉGÚN ( ESPÍRITO DO MORTO ). Sòmentem os mortos do sexo masculino fazem aparições, pois só os homens mantêm a individualidade. Esses mortos surgem de forma visível mas camulhada, é a morte que chega a terra espiritualmente e visível aos nossos olhos, "nasce" através de rituais e pelos sacerdotes (ÒJÈ ) munidos de instrumento invocatório chamado IXÃ, que tocado três vezes no chão, acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a morte se torne vida. Manifesta-se como forma humana, totalmente coberto por uma roupa de tiras multicoloridas; sua voz é rouca, metálica, estridente e são conduzidos e controlados pelo IXÃ, pois não podem ser tocados.
Os APAARAKÀ são ÉGÚN que não falam e suas roupas são simples, estão em processo de evolução. Os BABA-ÉGÚN são evoluidos e permitem-se roupas completas e vozes liberadas.
COMIDA DO ORIXÁ EGUN
Orixá - Lendas
Mo jubá.
Quando relaciono aqui AXÉS COM ÈGÚN tenho como finalidade colocar a seu disportor ferramentas diversas para você receber, dar,na realidade manipular esta energia .São dicas das mais diversas na linha de orações, ebós, obrigações, agrados, simpatias, muitas destas de manipulações tão antigas como o pó da estrada,outras são frutos da evolução humana,espiritual e claro folclórica.Tradicional.
Não significa que são ebós para você vencer em todos os obstáculos que temos que enfrentar na estrada da vida ao longo de seu percurso, mas com certeza lhe darão ânimo, força e determinação.
Fortalecendo o seu modo de pensar significa você sair de uma situação estagnada seja qual for e partir para uma situação que julga ser melhor, isto em todos os campos.Através da conquista do espaço desejado.
Pode ser uma viagem que não se concretize.Um namoro complicado, um amante que não se decide.Uma venda que não se efetue,bem...as receitinhas estão abaixo.
Desejo que você tenha discernimento para fazer a escolha, não apenas da ferramenta a usar,mas principalmente quanto a necessidade do uso.
Quando refiro-me a Ègún ,não significa que são ebós para você vencer a morte ou ficar rico fazendo axés para os antepassados. Não e também,pois o culto na religião tem receitas para os negócios em geral,mas abrir caminhos com Ègún no meu modo de pensar significa muito mais, significa você sair de uma situação estagnada seja qual for e partir para uma situação que julga ser melhor,isto em todos os campos e com o auxilio dos antepassados. Além claro de ajudá-los quando eles se encontram em situações difíceis no mundo espiritual.
Acredito ,também que no ciclo evolutivo são os antepassados elo fundamental para a ligação com os orixás.
Bem ,não vamos nos deter nestes detalhes,mas sim no quadro evolutivo da raça humana,tendo como alicerce nossos parentes distantes,parentes próximo, amigos, inimigos,vizinhos,etc,que participam da grande ,organizada e equilibrada evolução da raça humana.Sim eles que já estão a mais tempo na ceara espiritual são os elos de ligação entre nós e as entidades mais evoluídas.Claro que cada antepassado serve de acordo com suas condições de conhecimento,conforme a lei do carma,conforme a necessidade dele e nossa.Mas sempre ,sempre vinculado ao seu orixá de origem,a sua etnia espiritual,assim dizendo.
Portanto companheiro veja só o valor que tem os Ègún,nossos defuntos,principalmente aqueles que já tem um bom esclarecimentos.
Não os use só por benefício ou por vaidade.Use para contribuir na evolução individual e coletiva.Somos todos responsável pelas nossas atitudes,e dela vem a resposta para o futuro.
A religião dos orixás é uma religião de festa e partilha de alimentos.
Os antigos costumavam dizer que tudo no candomblé começa com comida.
Os alimentos são sagrados e contém axé ,e cada orixá tem sua iguaria especial.
O orixá , não come só .Para haver verdadeiramente a harmonia é necessário que a oferenda tenha um caráter comunitário.
Uma determinada parte da comidas é colocado aos pés do orixá ,a outra é partilhada entre todos.
Existem comidas especificas para cada situação que envolvam Ègún,embora sempre que se queira agrada-lo dá-se de comer a comida pertencente ao orixá do mesmo,somente em casos específicos é que a comida para segue uma linha diferenciada,como as papas, sopas, pudins, arroz com menga e galinha ,etc...
Animais a serem dados para Ègún também seguem a mesma regra ,levando em consideração o objetivo a ser alcançado.
E como toda a magia tem seu lado positivo e , ou negativo as obrigações e agrados para estes também sofrem as variações de acordo com o desejo do adepto.
Quem sabe não tem aqui uma receitinha especial para o seu caso?
Boa sorte
Ou Jafusi Inanga
EGUNS
=AGRADAR
Para obter uma graça de ÈGÚN ,ofereça um galo vermelho com esporão bem grande numa sexta-feira para BARÁ LODÊ, de preferência ás doze horas, e no mesmo dia a pessoa tem que oferecer flores amarelas para os ÈGÚNS, levando a um cemitério e colocando em uma cova ou túmulo que esteje ao seu ver muito tempo abandonado. Coloque a situação do desprezo que os familiares e amigos deixaram ele,a pouca importância que lhe dedicam e faça você a alegria de valoriza-lo .Após faça seus pedidos.E ao sair do cemitério vá até uma igreja católica e pague uma missa para todos os sofredores,passe por um mercado público com passos lentos,vendo as bancas e vitrines mas não compre nada e não atenda nenhum chamado,mesmo que seja uma vóz conhecida.
=AGRADAR
Para agradar ÈGÚN que seja familiar, devemos comprar um tecido branco de preferencia de algodão.de maneira que possa fazer dele uma toalha de 40 cm por 30 cm, procurar um local alto de campo ou um local onde tenha grama e árvore danificada,seja pelo tempo ou por ação do homem,mas que de a nítida impresão de estar quaze morta ou já seca.
Ao pé desta árvore faça a mesa contendo : ambrosia ,café , água mineral sem gás ,flores , fumo em rolo , cigarros , 9 velas brancas .
Fazer este ebó nas primeiras horas da manhã,se possivel em um domingo .
= ATRAPALHAR INIMIGOS
Para atrapalhar e derrotar inimigo a pessoa pega utensílios de vidro que estejam lascados ou estalados , coloca-os em uma esquina de encruzilhada aberta ,ou seja em um dos cantos,e rega-os com cachaça .Acenda 12 velas de sebo.
=ATRAPALHANDO UMA MULHER
Para livrar uma mulher de má influência de um ÈGÚN , principalmente que esteje agindo contra a sua vontade , devemos fazer o seguinte axé:
-Comprar dois pombos fêmeas brancos e saudaveis.
-Prepara-se um pacote com deburu,embrulhando em papel de seda preta.
-Faça com que a pessoa vista-se com roupas o mais colorida possível.
-Cante para todos os orixás ,e lentamente vá rasgando a roupa da pessoa deixando-a sem suas roupa que ficarão no chão.
-Passe o pacote com o deburu no seu corpo.
Passa-se os dois pombos brancos no corpo da mulher , dos seios até as partes genitais . Sacrifica-se os pombos sem retirar totalmente a cabeça ,sobre suas roupas e embrulha-se as aves nas roupas e enterra-se tudo na beira da praia .
=Bàbá Ègún
Numa segunda-feira,no horário compreendido entre 06 horas e 09 horas,faça esta oração,procedendo da seguinte maneira:
Acenda uma vela de sebo ,ao lado coloque um copo com água fresca.
“....O espírito para nós sobrevive
é a quem nós saudamos e cultuamos no céu
Apresentamos nossos respeitos,
Ó espírito, ao ouvir o som de vossa voz
Nós vos saudamos quando chegas até nós
Vos saudamos Espíritos
A todos os ancestrais da minha família
Eu chamo a todos vós
Para virem dar-me proteção e ajuda.
eu peço a benção
Pais Espíritos.”
(fazer seus pedidos,conversando,como se você estivesse trocando idéias,pedindo opinião a uma pessoa mais velha e culta.)
E que assim seja!
....após esta oração despachar a água na rua,ou seja ao meio fio,saudando com as palavras MOJUBÁ,três vezes.
=BABA ÈGÚN NITÁ
Para agradar Babá BABA ÈGÚN NITÁ ,coloca-se “ saraekó “ aos pés de uma árvore seca ou que possua um buraco no tronco , acende-se nove velas e oferece-se nove saraekó dentro de uma tigela branca com a borda lascada.Este axé deve ser feito sempre em uma segunda-feira.
=DEMANDA
Pegue dois pratos brancos ,quebre-os nas pontas.
Faça com eles uma casinha em forma de triângulo.Coloque embaixo excremento de cavalo,com o nome do feiticeiro ou do seu inimigo dentro.
Regue tudo com cachaça,mas deixe um pouco de aguardente na garrafa e coloque uma bandeirinha colorida no gargalo.Acenda uma vela de sebo .
=DERROTAR INIMIGOS
Quando você estiver sendo perseguido quer por encarnado ou desencarnado,como por exemplo espíritos obsessores, ou deseja obter algo que esteja difícil, coloca-se 13 apetê de inhame com dendê para BARÁ .Arreia-se 12 bolas de inhame com ori e efum para OBATALÁ e da-se de comer aos ÈGÚN sobras de comida de suas refeições em número de nove.Deve despachar tudo ao pé de uma árvore velha de preferência semi-morta ou seca,que tenha grama a sua volta.Acenda uma vela branca para BARÁ,uma branca e outra preta para OBATALÁ e nove brancas para os ÈGÚNS.Ao retornar a sua residência coloque em local visível uma bandeira de pano branco.
=DESPACHAR ÈGÚN DE CONHECIDO
Prepara-se água de acaça durante 9 dias seguidos. Durante estes 9 dias , seus familiares de sangue bebem desta água.O que sobra a cada dia é colocado em uma vazilha e despachado na sepultura do morto no último dia,no qual deve ser rezada três missas em memória do defunto em igrejas diferentes.-
=DINHEIRO
Para conseguir dinheiro com ajuda de ÈGÚN, colocar atrás da porta uma quartinha com água e 9 pedacinhos de coco De nove em nove dias despacha-se a porta e substui-se a água e o coco .
Ao colocar a água na rua deverá fraciona-la em três partes e cada uma jogada deverá ser pronunciada a saudação : MOJUBÁ ,VOZ SAÚDO SANTAS ALMAS VENHAM ABRIR MEUS CAMINHOS. Oriento para que este axé seje feito ás segunda,quarta ou sexta feiras,claro se for necessário e você tiver tempo disponível faça os três dias.
Se por ventura morar em apartamento,vá até a porta e despeje na rua ,de preferência que não seje emediato na saida do seu prédio para não intimidar e respeitar o direito dos outros,evitando assim constrangimento,e podendo você exercer o seu direito de efetuar os rituais de sua fé,sua religião.
Se estiver chovendo,não é necessário colocar o copo com água e nem despachar, lógicamente.
O melhor horário para este axé é dás 21hs ás 24 hs.Nos locais em que existe mudança do horário no período de verão deverá seguir o horário normal do ano todo.
=DINHEIRO
,MACAXEIRA COM FRANGO
-1 litro de água
-40 pedaços pequenos de macaxeira ,mandioca,aipim
-1/2 cebola média roxa picada
-4 dente de alho
-1 peito de frango
-sal
-pimenta-do-reino
-salsa picada
-azeite-de-dênde
-Em uma panela cozinhe os cubinhos de macaxeira e o frango .Por 20 minutos.Deixe a macaxeira com a água e retire o frango,e deixe reservado.
-Frite a cebola e o alho com dendê, coloque na panela onde estava a macaxeira ,misture bem e amasse com o socador de madeira.
-Desfie a galinha e misture com o purê da macaxeira,bem como a salsa picada.
-Após tudo misturado coloque em tigela branca, após enfeite com folhas inteira de salsa.
Despachar numa segunda-feira próximo a um rio,acender uma vela amarela e seis velas de sebo.
=ENCRENCAS
Se tem ÈGÚN encomodando ,leve um pouco de resto de sua comida a um cemitério e ao pé de uma árvore faça o oferecimento da comida com 9 velas de sebo.
=ENLOUQUECER ALGUÉM
Para enlouquecer uma pessoa usando a vibração de ÈGÚN,você deve comprar um peixe fresco de boa aparência,de preferência um peixe que seja de sua região,ou mais comum se for uma região que não tenha produção ou criação em cativeiro,ele deve estar com as víceras intactas,portanto tenha calma ao abri-lo.Após a abertura que deve ser do tamanho necessário para você colocar dentro dele um sinal do seu desafeto,podendo ser retrato,nome,apelido,sinal como fio de cabelo, ou simplesmente um papel com a inscrição fulano(a) escrito sete vezes,e por cima do escrito rabisque sete cruzes, sempre utilizando lápis,grafiti.Coloque dentro da barriga do peixe junto com dois tipos de pimenta moída e uma pimenta fresca preferencialmente unha de moça,que você deve picar rezando a prece =BÀBÁ ÈGÚN=, e fazer seu pedido.Após fechar a barriga do peixe,pegue nove velas de sebo e acenda oferecendo as benditas santas almas.
Despachar DENTRO de um rio ,mas se caso em sua cidade não houver ou for de difícil acesso,execute durante 7 dias a oração e acenda as velas,no final,ou seja no sétimo dia após fazer as orações espere as velas queimarem até o final ,embrulhe todos os restos de vela dos sete dias, empacote junte com o peixe e leve até o portão principal, de um cemitério.
=GUERRA ESPIRITUAL
Se você esta em meio a uma demanda e esta difícil vence-la ou ter sossego,faça este axé com NANÃ e os ÈGÚN:
sacrifica-se um pombo branco pedindo a NANÃ o que deseja e outro preto aos ÈGÚN.
Nunca use faca para puchar para Nanã,devendo seus axés de corte ser feito com as mãos.
Coloque no alguidar o pombo da Nanã,e enfeite com deburu feita no dendê.O pombo de ÈGÚN coloque no alguidar e regue com cachaça.As cabeças devem ser jogadas em uma praça bem distante de sua casa.
Despache os pombos em um local em que seja pantanoso,ou que tenha barro ,acenda uma vela vermelha para EXU MULO,uma vela lilás para NANÃ, e nove velas de sebo para as ALMAS.
=LIVRAR-SE DE EGUN
Banhar a pessoa com água de cangica branca , fazer um pacote com os grãos e passar na pessoa .Fazer um pacote com milho torrado.
Passar um pombo do mesmo sexo da pessoa doente , na pessoa e solta-lo com vida .
Os pacotes são colocados num alguidar e cobertos com outro alguidar emborcado por cima . Colocar em sua volta Formando um triângulo três pratos brancos com pipoca e uma vela acesa no centro do triângulo.
Despachar tudo próximo a um rio .Preferencialmente numa quarta-feira.
=MOLHO BRANCO PARA ALMAS
-2 COLHERES DE SOPA DE MARGARINA.
-1 CEBOLA MÉDIA BRANCA RALADA.
-4 COLHERES DE SOPA DE AMIDO DE MILHO.
-2 CHÍCARAS DE CHA DE LEITE DE VACA.
-Leve a margarina ao fogo e acrescente a cebola e deixe dourar,não queimar.
-Dissolva o amido de milho no leite frio e junte à cebola dourada.
-Mexa até engrossar e soltar do fundo da panela.-
=PERSEGUIÇÃO DE EGUN
Para livrar-se da perseguição de um ÈGÚN que esteja lhe prejudicando, mas você não o que fazer mal, por se tratar de um parente ou amigo faça o seguinte: pegue três rosas brancas, retire suas pétalas, coloque em uma vasilha e deixe por nove horas elas mergulhadas em água limpa. Cubra o vasilhame com uma toalha virgem branca.
Faça um pacote com as folhas e os galhos da rosa, bote fora.
Acenda uma vela quando fizer sete horas que você colocou as pétalas de molho.
Após completar as nove horas lave o rosto com a água das flores .Mantenha sempre os olhos abertos.
Pegue as pétalas e a água e jogue no meio fio da rua.Se a vela estiver apagada jogue as sobras dela também.
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NB: Compilação de textos e fotos pesquisada na internet em sites do gênero consideradas autênticas pelo autor