OXUMARÊ
OXUMARÊ
Oxumarê
Dan, Dagbe, Oxumare candomblé.
Òsùmàrè na África
É a cobra-arco-íris em nagô, é a mobilidade, a atividade, uma de suas funções é a de dirigir as forças que dirigem o movimento. Ele é o senhor de tudo que é alongado. O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.
Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás. Em alguns pontos se confunde com o Vodun Dan da região dos Mahi.
É o símbolo da continuidade e da permanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda. Oxumarê é um orixá completamente masculino, porém algumas pessoas acreditam que ele seja macho e fêmea, porém o orixá feminino que se iguala a Oxumarê é Ewá sua irmã gêmea que tem dominios parecidos com o dele. Enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desagregar. Rege o príncipio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.
De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.
É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin, Ewá e Obaluayê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento. Seus filhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que tem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Omolu.
Oxumarê no Brasil
Oxumare - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil.
No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumarê usam colares (fio-de-contas) de missangas ou contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. Seus iniciados usam Brajá - longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente, e trazem à mão um ibiri, espécie de vassoura feita com nervuras das folhas de palmeiras. Quando dançam levam nas mãos pequenas serpentes de metal, apontam o dedo indicador para o céu e para a terra, num movimento alternado. A Suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarões cozidos no azeite de dendê
Na Bahia, Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu e festejado no dia 24 de agosto.
Certa lenda conta que ele era, outrora, um (Babalawo) adivinho, "filho de proprietário-da-estola-de-cores-brilhantes". Em outra lenda o mesmo tema aparece: "Este mesmo Babalawo Oxumarê vivia explorado por Olofin-Odudúa, o rei de Ifé, seu principal cliente". Oxumarê consultava-lhe a sorte de quatro em quatro dias.
Sua nação é o Jeje, onde é considerado como Dan, e tido como rei do povos Djedje (jeje) é uma palavra de origem yorubá que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército.
Na nação Jeje, sua cor é o amarelo e preto de miçangas rajadas. Já no Ketu, suas cores são o verde e amarelo intercaladas. Porém essas cores definem apenas o fio-de-contas, pois todas as cores do arco-íris lhe pertencem.
Arquétipo
Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, quase miseráveis, porém mais tarde, dando a grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos, e muitas vezes orgulhosos. Porém, nunca se negam a ajudar quando alguém realmente precisa deles. E não raro, é ver um filho de Oxumarê se desfazer de algo seu, em favor dos necessitados, com a maior facilidade, contrapondo seu estado de orgulho e ostentaçao, a exibir sua riqueza. Nessa fase estão no arco-íris, a fase mais doce e sincera que possuem.
São pessoas de temperamento fácil de se lidar estando calmas, porém, se tornam terríveis quando com raiva, representando nesse estado a Serpente, que vem trazendo o lado negativo de Oxumarê, o seu lado mais perigoso, que é a falsidade e a perversidade.
Tudo muda em suas vidas: Os amigos, os romances, as cidades que moram. Gostam de mudanças e quando a fazem, se tronam radicais. Podem desenvolver a bissexualidade, pois faz parte da característica deste orixá, que é 6 meses homem e 6 meses mulher, não que seus filhos tenham os dois sexos, mas que podem gostar e sentir atração por homem e mulher, de forma natural.
Duas fases de Oxumarê
Oxumarê dentro do candomblé, se divide em duas qualidades : - Oxumarê macho, representado pelo arco-íris _ Oxumarê fêmea, chamado de Frekuem, representado pela Serpente. Identificado no jogo do merindilogun pelo odu iká e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba oxumare. A entidade é 6 meses homem e 6 meses mulher, mas é considerado pai de cabeça e não mãe.
NB: Compilação de textos e fotos pesquisada na internet em sites do gênero consideradas autênticas pelo autor